Hades? Roguelite? As minhas impressões sobre a
demo do game

Chave cedida por 7QUARCK

PREMISSA

“Desenvolvido pela equipe independente taiwanesa 7Quark, Yasha: Legends of the Demon Blade é uma jornada repleta de ação, ambientada em um mundo vívido, imerso em mitologia e perigo. Os jogadores seguirão as histórias de três protagonistas com habilidades únicas: o imortal ninja Shigure, a enigmática
Emissária Oni Sara e o formidável Samurai Demoníaco e mestre arqueiro Taketora. Com estilos de combate distintos que refletem suas armas e personalidades, os jogadores enfrentarão batalhas dinâmicas contra espíritos malignos em um ciclo brutal de vida e morte.” Lembrando que é uma análise e experiência através da demonstração fechada com embargo para o dia 23 de fevereiro, então até a data do lançamento muitos detalhes podem ser melhorados e acrescentados na versão final.

PROPOSTA DO GAME

Yasha é um roguelite de ação e aventura ambientado na era Edo com elementos de fantasia. Demônios existem nesse universo e estão levando o mundo à destruição; cabe aos protagonistas, com suas habilidades e a reencarnação contínua, investigar e finalizar a guerra. Aqui temos 3 protagonistas: Ninja Imortal, Emissária Oni e Samurai Demoníaco. Cada um possui seu próprio background que se conecta ao
mundo do game, seguindo o padrão dos roguelites mais populares dos últimos anos. Derrote os inimigos a cada mapa, evolua uma habilidade e colete moedas, orbes e almas para upar habilidades permanentes, criar novas armas e evoluir equipamentos. Além das batalhas, você pode procurar vários ingredientes para desbloquear pratos de aprimoramento de alta qualidade.

GAMEPLAY

É um roguelite padrão com diferenças em algumas mecânicas e visuais para criar a identidade própria do game. Se fosse para resumir rapidamente, Yasha tem muito potencial, pois faz o que deve ser feito de forma bem competente e entrega a sua identidade, trazendo personalidade ao título. Sua gameplay é fluida e muito competente, divertida e possui uma facilidade extra comparada a outros roguelites de peso no mercado (Hades). Claro que ela varia dependendo da escolha de personagens, mas, devido ao seu upgrade permanente de vida extra ser muito barato, você tem uma gama de facilidades logo de cara. Sendo mais experiente no gênero, eu não necessitei usar essa vida extra após adquirir, provando que está um pouco mais fácil do que estou acostumado, mas deixo claro que não é um defeito. Pode ser um chamariz e um ótimo título de entrada para novos jogadores mais casuais que queiram conhecer melhor o gênero, sem falar na possibilidade de mudanças na versão final. Completei a demo com os 3 protagonistas e existem boas diferenças entre eles. Em outros do gênero, ao mudar para armas leves, pesadas e arcos, o combate e a tática mudam totalmente. Aqui é dividido em três, e cada um traz variações e armas únicas. Sendo a Sara, para mim, a que melhor me adaptei e gostei de jogar — mais equilibrada, com ótimos ataques rápidos; Shigure, com ataques rápidos e pesados e um grau maior de dificuldade; e Taketora, que, para mim, é o mais forte e diferenciado por usar arcos. Os inimigos são bem diversos, com formas diferentes de ataque e padrões para se defender. A mecânica de aparar ataques e contra-ataque é boa, permitindo ótimos combos, que aqui são variados a cada personagem. As batalhas contra chefes são ótimas, com mudanças e mecânicas novas em cenário, mostrando possivelmente o que podemos encontrar no futuro, na versão final.


Após uma quantidade de fases, você pode entrar no “mercadinho do game” — Yokais gentis organizam festivais em dimensões ocultas, oferecendo suporte e buffs adicionais. Vários níveis ocultos desafiadores
também aguardam sua exploração! Gaste todas as moedas aqui, já que elas não voltam com você na morte. Aqui, você melhora habilidades, compra itens, se cura e se alimenta — uma mecânica de consumir e ganhar bônus bem bonitinha de se ver, além dos benefícios, é claro. “Além das batalhas, você pode procurar vários ingredientes para desbloquear pratos de aprimoramento de alta qualidade. Saboreie um ramen dos sonhos para aumentar seu poder de combate instantaneamente!”

GRÁFICOS, DESEMPENHO E AMBIENTAÇÃO

Os gráficos são bonitos, com um estilo de arte muito legal para os personagens. Não é exagerado e casa com a ambientação e proposta. Gráficos bons com um ótimo desempenho: esse game é muito fluido e
rodou liso. Esperava algo bom, mas a otimização passou das minhas expectativas — nenhum problema de carregamento, bugs ou perda de desempenho.


A ambientação é familiar a quem curte jogos que exploram essa cultura, mas ainda assim consegue chamar atenção devido à sua qualidade na entrega. Se você for amante da cultura asiática, como eu, sinto que será uma grata surpresa. O game se passa na era Edo, um dos períodos históricos mais importantes do Japão, que durou de 1603 a 1868. É chamada assim por causa da cidade de Edo (atualmente Tóquio), que foi a capital do país durante esse período. Uma época bonita de ambientação — claro que aqui com liberdades criativas. Outras obras interessantes que trazem essa ambientação são Samurai X, que se passa no fim da era Edo e início da era Meiji, e Kimetsu no Yaiba (também conhecido como Demon Slayer). Por mais que se passe no século XX, a caracterização de boa parte dos personagens é da era Edo.

O QUE ACHEI?

Yasha: Legends of the Demon Blade se mostrou um ótimo roguelite. Entrega um game no padrão dos melhores e com identidade própria. A 7Quark se mostrou mais do que capaz de entregar um jogo completo absurdo, e fico com boas expectativas. Caso a demo libere ao público, recomendo que
jogue com certeza e adicione à lista de desejos.

FICHA TÉCNICA

Desenvolvedor: 7Quark

  • Editora: Game Source Entertainment
  • Gênero: RPG de Ação Japonês Roguelite
  • Plataformas: Windows / Nintendo Switch™ / PlayStation 4® /
    PlayStation 5® / Xbox One / Xbox Series X|S
  • Idiomas: Chinês Tradicional / Chinês Simplificado / Inglês / Japonês /
    Coreano / Francês / Alemão / Espanhol / Italiano / Português de
    Portugal
  • Data de Lançamento: 24 de abril de 2025

By patobah