Chave recebida via PressEngine

The Phantom (O Fantasma) é um jogo de ação e aventura beat ’em up side-scrolling desenvolvido e publicado pela Art Of Play Interactive, com lançado em 12 de março de 2025. Você é o “Phantom”, um herói que precisa lutar por justiça.
“O primeiro herói fantasiado ressurge com esse novo jogo”
PREMISSA
Temos aqui um dos personagens mais icônicos dos quadrinhos: O Fantasma. Criado por Lee Falk em 1936, o herói mascarado retorna em uma aventura de ação e pancadaria no estilo beat ‘em up, onde os jogadores assumem o manto do vigilante lendário para enfrentar a perigosa Irmandade Singh.
O jogo se passa em um mundo repleto de crime e conspirações, onde o Fantasma precisa viajar por diversas localidades exóticas, enfrentando inimigos que ameaçam a ordem e a segurança. A trama é diretamente inspirada nos quadrinhos, trazendo elementos clássicos da mitologia do personagem, como sua destemida luta contra piratas, mercenários e organizações criminosas.
The Phantom conta com um modo história estruturado, permitindo que os jogadores vivam uma campanha repleta de ação e desafios. A narrativa é apresentada por meio de diálogos e cutscenes, em forma de “quadrinhos”, mergulhando os jogadores na missão do protagonista de proteger a selva de Bangalla e impedir os planos sombrios da Irmandade Singh. Além do combate físico, o jogo aposta no uso estratégico de armas de fogo e na intimidação, características que fazem do Fantasma um herói diferenciado no mundo dos quadrinhos e agora, também, dos games.
O título busca capturar a essência pulp da era dourada dos heróis mascarados, oferecendo uma experiência nostálgica para os fãs veteranos e um convite para uma nova geração de jogadores.
GAMEPLAY
The Phantom aposta em uma jogabilidade de ação beat ‘em up, inspirada nos clássicos do gênero. O jogador assume o controle do lendário Espírito que Anda, enfrentando hordas de inimigos com golpes corpo a corpo, técnicas de esquiva e o uso estratégico de armas de fogo. A proposta é simples e direta: avançar pelos cenários enquanto se desvia de ataques, executa combos e derrota capangas da Irmandade Singh.
A movimentação do personagem é fluida, e os controles respondem bem à ação frenética. A sensação de impacto nos golpes é satisfatória, proporcionando um combate dinâmico e envolvente. Além disso, o jogo tenta capturar a essência do personagem ao incluir mecânicas como a intimidação dos inimigos, elemento icônico das histórias do Fantasma.
No entanto, The Phantom não está isento de problemas. Há uma certa repetitividade nos combates, algo comum em beat ‘em ups, mas que aqui se torna mais evidente devido à variedade limitada de ataques e inimigos.
Outro ponto que merece atenção é a falta de polimento em algumas animações e colisões, o que pode resultar em momentos onde os golpes parecem não conectar corretamente. Isso não chega a comprometer totalmente a experiência, mas pode causar frustração em algumas situações de combate mais intensas.
DIREÇÃO DE ARTE E TÉCNICA
O jogo apresenta cenários variados, que vão desde florestas densas e misteriosas até bases inimigas cheias de detalhes, evocando o tom aventureiro das histórias do Espírito que Anda. A escolha das cores e da iluminação reforça a ambientação nostálgica, remetendo às ilustrações antigas do herói e à estética dos quadrinhos de ação da Era de Ouro.
Visualmente, The Phantom aposta em um estilo semi-realista com toques estilizados, apresentando personagens bem definidos e com trajes icônicos que remetem diretamente ao legado do Fantasma. O design do protagonista é fiel ao material original, destacando seu uniforme roxo, cinto com o símbolo da caveira e as pistolas gêmeas que fazem parte de sua identidade.
Entretanto, nem tudo funciona perfeitamente na execução visual. Algumas animações parecem rígidas, e a transição entre movimentos pode ser um pouco brusca, o que compromete a fluidez da ação. Além disso, os cenários, apesar de bem estruturados, poderiam apresentar mais detalhes e variação para evitar uma sensação de repetição ao longo da campanha. A iluminação, em certos momentos, também não valoriza os modelos dos personagens, deixando algumas cenas com um aspecto visual mais genérico do que se espera de um jogo baseado em um ícone dos quadrinhos.
Outro ponto que pode dividir opiniões é a fidelidade gráfica. Embora o jogo não tenha a proposta de ser um título de alto orçamento, alguns efeitos visuais, como explosões e impactos de golpes, poderiam ser mais elaborados para aumentar a imersão.






CONCLUSÃO
O jogo acerta ao capturar a essência do personagem, tanto na ambientação quanto no estilo de combate, e oferece uma experiência acessível para quem gosta do gênero. A presença de um modo história adiciona um valor narrativo importante, permitindo que os jogadores vivam uma aventura fiel ao legado do herói dos quadrinhos.
No entanto, apesar de suas qualidades, o jogo sofre com algumas limitações técnicas. A jogabilidade, embora funcional e divertida, carece de variedade nos combates, o que pode torná-los repetitivos. Além disso algumas inconsistências nas colisões podem comprometer a imersão. No quesito visual, The Phantom consegue criar uma atmosfera convincente, mas peca em polimento, com animações rígidas e efeitos que poderiam ser mais trabalhados para valorizar a ação.
No fim, The Phantom é um jogo que tem coração e respeita sua fonte original, mas que poderia ter sido mais refinado em sua execução. Para fãs do personagem e do gênero beat ‘em up, ele ainda pode proporcionar algumas horas de diversão, mas fica aquém do que poderia ser um grande retorno do Fantasma aos games.
