Chave recebida via PressEngine.

Helskate é um roguelite de ação e skateboarding onde os jogadores precisam realizar manobras, como grinds e combos, para fortalecer seus ataques e derrotar monstros em um ambiente infernal chamado Vertheim. O jogo combina elementos de jogos clássicos de skate com mecânicas de combate e progressão roguelite.
Puro suco de videogame e um certo toque de nostalgia
PREMISSA
A nossa aventura começa em Vertheim, uma cidade que parece saída direto de um pesadelo. Imagine o cenário: prédios em ruínas, luzes neon piscando no meio da escuridão, e tudo isso em um ambiente que mistura o underground do skate com um toque de inferno. Você é um skatista que, por algum motivo insano, decide que desafiar essa cidade caótica é a melhor ideia do mundo.
A história começa com você, o protagonista sem nome, que de repente se vê nesse mundo de skate e terror. Você não sabe como chegou lá, mas uma coisa é certa: seu skate é sua única arma e salvação. A narrativa se desenrola conforme você vai explorando Vertheim, onde cada skatepark é um labirinto cheio de monstros e desafios.
Cada sessão no skatepark não é apenas sobre fazer manobras épicas; é sobre sobreviver. Você precisa combinar grinds e flips não só para impressionar, mas para literalmente fortalecer seus ataques. Cada manobra bem-sucedida te dá o poder de enfrentar os inimigos cada vez mais bizarros que aparecem.
O enredo é bem esparso no começo, mas conforme você avança, vai desvendando mais sobre Vertheim e o porquê de tudo estar tão ferrado. Tem uma atmosfera de mistério que te puxa cada vez mais fundo na história. Você encontra personagens estranhos, cada um com sua própria história de como acabaram em Vertheim, e todos eles te ajudam a entender um pouco mais do que está acontecendo.
O jogo tem um jeito de te fazer se sentir um verdadeiro rebelde, alguém que desafia não só a gravidade, mas também as forças do mal. A narrativa se desenrola através de diálogos, itens coletáveis e, claro, as suas proezas no skate. Cada run pode ser diferente, mas a sensação de progresso na história é constante, te incentivando a tentar mais uma vez, mesmo que você tenha sido derrotado.
GAMEPLAY
Primeiro, imagine você no controle de um skatista em uma cidade que parece ter saído direto de um pesadelo. A jogabilidade é uma mistura eletrizante de ação frenética e manobras de skate. Você não está só ali para fazer uns flips e grinds; cada manobra tem um propósito maior.
Sua principal ferramenta é o skate, que você usa tanto para se locomover quanto para lutar. As mecânicas de skate são intuitivas mas exigem prática; você precisa dominar o timing e a combinação de botões para fazer aqueles combos insanos que não só impressionam, mas também te dão poder. Cada manobra bem executada aumenta seu “momentum”, que você usa para reforçar seus ataques. Quanto mais louco o combo, mais forte você fica para enfrentar os inimigos.
A jogabilidade é roguelite, então cada run é uma nova chance de aprender e se adaptar. Você começa em um skatepark que é, na verdade, uma arena de combate. Tudo é dinâmico; o ambiente muda, inimigos surgem de todos os lados, e você precisa estar sempre em movimento. Se você parar, vira alvo fácil.
Os controles são responsivos, te dando aquela sensação de controle mesmo no caos. Há uma variedade de armas e equipamentos que você pode pegar durante a run, cada um com suas próprias vantagens e estilos de combate. Você pode escolher ser uma máquina de destruição com um machado gigante ou optar por algo mais rápido e preciso como um arco.
A progressão é viciante. Mesmo que você seja derrotado, há um senso de avanço permanente. Você ganha “tatuagens” que são basicamente upgrades que ficam com você run após run. Isso te dá um incentivo para tentar de novo, só para ver até onde você consegue ir dessa vez com novos poderes.
A física do skate lembra bastante jogos como Tony Hank’s – os mais antigos – o que torna cada sessão única. Você pode fazer manobras em qualquer superfície, explorando cada canto do mapa para encontrar segredos ou simplesmente para escapar de um ataque. Os encontros com inimigos são desafiadores, exigindo que você use o ambiente e suas habilidades de skate para sair por cima.
O combate é onde Helskate brilha. Cada inimigo tem um padrão de ataque diferente, e você precisa usar seu skate para desviar, atacar e manter o controle do campo. É um balé de manobras e violência, onde cada movimento precisa ser calculado, mas mantendo aquela vibe de improviso que só o skate pode dar.
DIREÇÃO DE ARTE
Primeiro, a estética do jogo é algo totalmente único. Imagine uma mistura de cyberpunk com horror cósmico, tudo isso espalhado por uma cidade que parece ter sido construída e destruída várias vezes. A paleta de cores é uma loucura: tons de neon brilhantes cortando a escuridão, como se a cidade fosse um skatepark gigante iluminado por luzes de festa de um futuro distópico.
Os cenários são detalhados pra caramba. Cada skatepark é um labirinto de estruturas quebradas, obstáculos de concreto, e pilares de aço enferrujado, tudo isso contra um backdrop de uma cidade que parece estar em constante decadência. A arquitetura é uma mistura bizarra de modernidade com um toque de medieval sombrio, como se algum arquiteto maluco tivesse decidido construir a cidade do apocalipse.
Os inimigos são verdadeiras obras de arte. Eles não são apenas monstros; são criações que parecem saídas de um pesadelo cyberpunk. Alguns são biomecânicos, com partes de metal fundidas à carne, outros parecem demônios com um upgrade de tecnologia do futuro. Cada um tem um design tão singular que você quase pode sentir a história por trás de cada um deles.
A direção de arte não se contenta com o chão; o céu é um espetáculo à parte. Às vezes, você vê estrelas distorcidas ou nuvens com cores que não deveriam existir, criando uma sensação de que você está em um lugar totalmente fora da realidade. Os efeitos de luz são usados de uma maneira que te faz sentir que cada manobra, cada combate, é um show de luzes e sombras.
Os gráficos têm esse estilo que parece uma homenagem ao pixel art, mas elevado ao extremo com detalhes que você só vê em jogos modernos. É como se alguém tivesse pego a estética dos jogos de 16-bit e os transformasse em uma experiência visual imersiva com todos os detalhes que a tecnologia atual permite, sem perder aquele charme retrô.
A animação dos personagens e do skate é fluida e expressiva, capturando perfeitamente a sensação de movimento e o peso das manobras. Cada flip, grind ou ataque tem seu próprio estilo visual, fazendo com que você sinta cada impacto, cada deslize.





CONCLUSÃO
No fim das contas, “Helskate” é uma bagunça divertida que mistura skate, ação e horror de uma maneira que você nunca viu antes. O jogo tem seus problemas, mas, cara, a experiência é tão única e envolvente que é fácil perdoar as falhas. Se você tem paciência para aprender os controles e gosta de um desafio, vai se apaixonar pela vibe cyberpunk misturada com o caos das manobras de skate e combates insanos.
A direção de arte é de cair o queixo, a jogabilidade é viciante quando você pega o jeito, e a história te puxa para dentro desse universo louco. Ainda assim, os problemas de performance e a curva de aprendizado podem ser um pouco intimidadores. O jogo também é curto, e posso afirmar que esse “acesso antecipado” poderia até ser um “beta” no estado atual.
É um jogo que merece ser jogado por qualquer um que goste de experiências novas e desafiadoras, mas com a ressalva de que você precisa estar disposto a enfrentar alguns obstáculos até dominar o jogo. Os desenvolvedores têm potencial para fazer dele um clássico com algumas atualizações, mas já é uma joia bruta que pode brilhar bastante.
