Olá, gamers! Espero que estejam bem. Nesta matéria, compartilho minha percepção sobre a atuação das três gigantes da indústria — Nintendo, Xbox e PlayStation — na Gamescom Latam 2025, e o impacto que elas (não) causaram no evento.
Desde já, vale ressaltar: esta é uma análise opinativa e pessoal. É natural que outras pessoas tenham visões diferentes — e isso faz parte do universo gamer.
Vamos ao que interessa.
Nintendo: cadê o Switch 2?
Hoje em dia, ao mencionar a Nintendo, é quase impossível não pensar imediatamente no aguardado Switch 2 — o novo híbrido da empresa que já foi demonstrado em eventos fechados. A Gamescom Latam 2025 parecia o momento ideal para apresentar o console ao público latino-americano. Mas o que a Nintendo fez? Apenas uma parede adesivada promovendo o novo modelo, enquanto os estandes apresentavam os mesmos jogos de sempre, rodando nos antigos Switch.
Embora o espaço da Nintendo não estivesse vazio, também passou longe de ser um destaque. Foi uma oportunidade desperdiçada, ainda mais considerando o impacto que o novo console poderia ter causado se estivesse disponível para testes.
Xbox: “Tudo é um Xbox” — menos o próprio
A proposta da Xbox este ano foi ousada: reforçar a ideia de que “tudo é um Xbox” — seja PC, híbrido ou smartphone. Porém, na prática, essa estratégia revelou uma série de equívocos.
O espaço ID@Xbox, focado em jogos independentes, foi um exemplo disso. Não pela qualidade dos jogos, mas pela falta de estratégia. Em vez de mesclar títulos consagrados com produções menores, optaram por agrupar apenas os jogos independentes, justamente ao lado do estande principal da Xbox/Bethesda, onde o público naturalmente se aglomerava. Resultado: os indies ficaram ofuscados.
Mais decepcionante ainda foi a presença física dos consoles. Em todo o evento, foi possível ver apenas três Xbox Series X disponíveis para o público — isso mesmo, apenas três. E no ID@Xbox, surgiram dúvidas até sobre os equipamentos utilizados: muitos jogos apresentavam desempenho questionável, levantando suspeitas de que estariam rodando em devkits ou PCs de baixo desempenho.
Para completar, o estande da Bethesda — parceira da Microsoft — exibia Indiana Jones em PlayStation 5, com uma ambientação muito mais caprichada do que o espaço dedicado ao Series X com Oblivion. E, em paralelo ao evento, surgiram notícias sobre aumentos nos preços dos consoles e jogos da marca. Sinceramente? Decepcionante.
PlayStation: presente mesmo quando ausente
A Sony, por sua vez, praticamente não investiu em presença institucional. Não montou um estande próprio e tampouco apresentou novidades. No entanto, seus consoles estavam espalhados pelo evento, rodando jogos em diversos espaços onde não havia PCs — o que, curiosamente, acabou sendo o seu maior “marketing”.
Ainda assim, fica evidente que faltam grandes lançamentos e demos relevantes da marca. A única ação efetiva veio por meio de uma parceria com a Warner, que repetiu o mesmo destaque do ano anterior: Mortal Kombat 1. Nenhuma surpresa, nenhuma experiência inédita — nada que justificasse empolgação.
Paradoxalmente, o melhor marketing do PlayStation foi feito pela Bethesda, com Indiana Jones rodando em PS5. Ironicamente simbólico.
Conclusão: uma ausência de comprometimento
No fim das contas, nenhuma das três grandes demonstrou real interesse em cativar o público brasileiro ou latino-americano na Gamescom Latam 2025. Todas tinham novidades, orçamento e estrutura para fazer algo memorável — mas optaram por uma participação protocolar, fria e sem brilho.
Felizmente, os estúdios independentes e jogos patrocinados por outras iniciativas foram os verdadeiros responsáveis por salvar o evento. Foram eles que ofereceram experiências frescas, inovadoras e, acima de tudo, respeitaram o público presente.
