Chave recebida via Stride PR

Football Heroes League é um jogo de futebol multiplayer que está em acesso antecipado, desenvolvido pela Run Games, lançado em 1º de maio de 2025 para PC via Steam e Epic Games Store. O jogo é gratuito (free-to-play) e combina futebol tático com elementos arcade, onde jogadores controlam personagens com habilidades sobre-humanas em partidas dinâmicas de 2v2, 3v3 ou 5v5.
“Poderia brilhar, mas pisou na bola”
PREMISSA/NARRATIVA
Ambientado em um cenário futurista no ano 20XX, Football Heroes League apresenta um mundo onde o futebol evoluiu além dos limites humanos. Graças a avanços em tecnologia, modificações de DNA e poderes elementais, os jogadores não são mais atletas comuns, mas heróis com habilidades sobre-humanas. A premissa central do jogo é oferecer partidas de futebol táticas e caóticas, mesclando controles precisos de dribles, passes e chutes com poderes que desafiam a física, como chutes acrobáticos, defesas robóticas e até congelamento de oponentes.
GAMEPLAY/JOGABILIDADE
A proposta da gameplay é entregar uma experiência dinâmica, mesclando estratégia de futebol (passes, dribles, chutes) com habilidades especiais que adicionam caos e espetáculo, mas é notório que o caos criado no jogo, pelo jeito, não é o caos real que se esperava.
Os controles são em terceira pessoa, permitindo mirar passes e chutes com precisão, enquanto um sistema de stamina regula o uso de habilidades e movimentos intensos. Os modos de jogo atuais incluem:
- Casual: Partidas rápidas para diversão.
- Ranqueado: Competição com matchmaking.
- Clássico: Futebol sem superpoderes, focado em habilidade.
- Treino: Prática contra IA.
A Run Games é composta por veteranos de estúdios como EA e Treyarch, aposta em uma jogabilidade que lembra muito Rocket League pelo “caos” e Super Mario Strikers pelo estilo arcade, isso sem mencionar o visual de Fortnite. Mas, apesar das excelentes referências, o jogo não consegue prender.
Pontos fortes da gameplay
A gameplay tem momentos de brilho que mostram o potencial do jogo:
- Habilidades únicas dos heróis: Cada um dos personagens oferecem estilos de jogo distintos, incentivando experimentação e trabalho em equipe.
- Ritmo dinâmico: As partidas são rápidas, com duração média de 5 a 7 minutos, perfeitas para sessões curtas.
- Visual e som: O estilo cartunesco e a trilha sonora energética criam uma atmosfera divertida, ideal para jogadores casuais.
Onde o jogo falha?
Apesar do conceito promissor, a gameplay de Football Heroes League enfrenta problemas significativos:
- Controles complexos e pouco intuitivos: A combinação de controles em terceira pessoa com habilidades especiais exige uma curva de aprendizado íngreme. Até para dominar a bola é preciso apertar um botão, a distribuição deles no controle também não é amigavel e estou até agora tentando localizar se é possível personalizar os botões.
- Desempenho técnico: Lag, quedas de FPS e problemas de conexão são frequentes, mesmo em PCs de configuração alta. A otimização ruim frustra a experiência, principalmente em partidas ranqueadas.
- Balanceamento questionável: Algumas habilidades, como o chute acrobático de Kenzo, são percebidas como overpower, enquanto outros heróis, como Bun-E, parecem menos impactantes. Então é um jogo onde só um “herói” importa.
- Matchmaking e base de jogadores: Poucos jogadores, isso resulta em longos tempos de espera e partidas com bots, que têm IA inconsistente (ora muito fraca, ora frustrantemente precisa). Isso compromete a experiência multiplayer, essencial para o jogo.
- Falta de polimento e bugs: A interface é confusa, os tutoriais são insuficientes para explicar mecânicas avançadas, e bugs ocasionais (como bolas presas no cenário) quebram o fluxo das partidas. Já falei que não achei onde personalizar o controle? Já? Então fica aqui de novo a crítica.
Como podem ter lido, são mais problemas do que qualidade.
DIREÇÃO DE ARTE/ASPECTOS TÉCNICOS
A direção de arte de Football Heroes League não se destaca significativamente, adotando um visual cartunesco que ecoa outros jogos arcade, como os exemplos de Rocket League e Super Mario Strikers, sem trazer uma identidade própria marcante. Embora funcional, o estilo carece de originalidade e variedade, limitando seu impacto visual.
Os maiores problemas, no entanto, residem nos aspectos técnicos, onde o jogo apresenta falhas graves. Controles pouco intuitivos, falta de polimento, escassez de personagens diversificados e bugs frequentes comprometem a experiência. Desde comandos que não respondem com precisão até glitches que interrompem partidas, como bolas presas no cenário, a execução técnica é inconsistente. A baixa base de jogadores agrava o problema, resultando em matchmaking lento e partidas com bots de inteligência artificial irregular.
Infelizmente, Football Heroes League parece não estar pronto para o acesso antecipado. A Run Games poderia ter se beneficiado de testes fechados mais extensos e de um diálogo mais próximo com a comunidade para incorporar feedback antes do lançamento. No estado atual, a percepção negativa criada será um desafio significativo para reverter, exigindo atualizações rápidas e substanciais para reconquistar a confiança dos jogadores.






CONCLUSÃO
A jogabilidade, ponto crucial, deixa muito a desejar, comprometendo a experiência central do jogo. Em vez de simplificar comandos básicos, como o domínio de bola presente em outros títulos de futebol, o jogo exige um botão dedicado para essa função, recurso que poderia ser melhor aproveitado. A ausência de personalização dos controles agrava essa questão.
Embora o visual seja agradável, o desempenho técnico decepciona, apresentando problemas de performance mesmo com gráficos relativamente simples. A longevidade do jogo depende de sua comunidade online, que atualmente é pequena e corre o risco de se tornar inativa, limitando a experiência a partidas contra a IA. Mesmo essa modalidade, no entanto, sofre com as deficiências na jogabilidade.
