Destaque Guilherme Scarpelli Jogos Review/Análise

Eternal Evil – O nome de um jogo nunca fez tanto sentido

Agradecimentos a Qube Games por disponibilizar a chave.

No dia 30 de maio deste 2025, chega ao mercado as versões de Xbox Series S/X e PlayStation 5 de Eternal Evil. A título de curiosidade, o game foi lançado originalmente em novembro de 2022 de forma exclusiva para os PCs.

Sua chegada aos consoles de mesa está valendo a pena? Vem comigo que eu te conto. Esta análise foi realizada em uma gameplay do Xbox Series S após o seu lançamento oficial. Em nome da Safe Zone Games e Patobah, agradeço a chave disponibilizada gentilmente.

Inspira… expira… inspira… expira.

PREMISSA/NARRATIVA

Nada como um bom universo apocalíptico não é verdade? Por aqui conheceremos o desfecho de uma pequena cidade que está sendo tomada por criaturas vampirescas denominadas de Ghouls. Sua sede por sangue é feroz, fazendo com que a contaminação se espalhasse de uma forma inimaginável.

Os humanos remanescentes tentam se unir e cooperar para que assim eles possam resistir perante a esta grande ameaça. Os Ghouls são as únicas ameaças? Não conte com isso, existirão alguns animais no mínimo peculiares no caminho dos nossos protagonistas.

GAMEPLAY/JOGABILIDADE

O título adota para si a câmera em primeira pessoa, onde podemos: correr, mirar, agachar, usar lanterna e passar raiva.

Nitidamente o desenvolvedor (projeto de 1 única pessoa) se inspirou em survival horrors como base para o seu projeto, especificamente Resident Evil. Desde o seu início, já temos como um dos cenários possíveis como destino do jogador, uma espécie de mansão.

As semelhanças não param por aí, a lógica dos puzzles e o sistema de portas bloqueadas por chaves de cores específicas, seguem a mesma linha de raciocínio dos jogos criados pela Capcom.

Um ponto específico que o Eternal se destoa é no quesito da escassez. Se não bem administrado os seus recursos terão fim de uma forma muito mais abrupta do que em outros jogos do gênero.

Agora um ponto positivo para o seu desenvolvedor, logo ao startar o game, temos algumas opções que servem como facilitadores para o seu jogador, uma acessibilidade interessante até. Podemos marcar a opção onde começamos com uma arma de munição infinita, opção que aumenta a nossa maleta e opção que deixa mais visível alguns objetos do qual podemos interagir no cenário.

Acho que isso é o máximo que eu consigo dizer de positivo sobre este projeto. Volto a frisar, muito bacana o desenvolvedor ter mirado um escopo como este, mas o resultado atingido foi simplesmente terrível.

Fica nítido que o passo foi muito, mas muito, mas muito maior do que suas próprias pernas poderiam alcançar. Sua jogabilidade é péssima, a ponto do nosso personagem ficar colidindo com objetos como cadeiras, mesas e etc… a cada colisão ficamos meio que abaixando na fase, ficando com a impressão de que estamos sempre quicando igual dançarinas.

Os Ghouls que não sabem se são vampiros ou zumbis são terríveis! Temos muitos problemas com hitbox por aqui, seja para gente acertar os inimigos e também na hora de evitar os golpes, muitos hits que não deveriam atingir acabam nos acertando.

Bugs são visíveis a todo momento, um que acontece com bastante frequência são nos objetos que nós podemos interagir. O comando RB aparece para a interação e o comando não vai sair da nossa tela, mesmo que já tenhamos nos afastado bastante do objeto ele insiste em continuar na hud.

ASPECTOS TÉCNICOS

Infelizmente o título em questão fica muito abaixo no quesito otimização. Com diversos bugs espalhados durante a jogatina, temos comandos não responsivos, problemas no carregamento de texturas e problemas no áudio.

CONCLUSÃO

Eternal Evil tinha tudo para ser uma grande homenagem a títulos já consagrados no passado. Já sobre o seu resultado temos um produto muito abaixo em todos os sentidos. A homenagem se torna um pesadelo não só para o seu gênero, mas para o mundo dos games.

Por mais que eu pare para pensar sobre como o desenvolvimento solo possa ser algo complicado, eu simplesmente não consigo suavizar as coisas por aqui. Me pego pensando se foi falta de prática na hora do desenvolvimento ou se ele foi entregue dessa forma por querer, meio que feito de qualquer jeito sabe?

Intragável acho que é a palavra que resume bem a minha experiência. Decidi acreditar na primeira opção e desejo ao desenvolvedor que ele possa ter sucesso em seus novos projetos, pois este aqui eu gostaria de esquecer da minha memória.

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