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Elden Ring NightReign foi um erro? Análise sincera

  • Essa análise tem pequenos spoilers.
  • Plataforma jogada:Steam & Playstation 5
  • O game foi jogado no idioma inglês (o idioma PT-BR está disponível)
  • Escrito por: Griffith, fundador da DungeonBits 

“A noite caiu sobre nós. Agora, chuvas fortes recaem sobre a região, ameaçando apagar sua história, O Senhor da Noite não descansa enquanto destrói as Terras Intermédias de tal forma qual ela não possa nem ser reconhecida”

Arte conceitual do game

O que é Elden Ring NightReign?

Elden Ring: NightReign é um souls-like, co-op e roguelike desenvolvido e distribuído pela FromSoftware. O game é, de fato, Elden Ring, mas com algumas mecânicas diferentes. Ele combina a jogabilidade única dos jogos da From com elementos de roguelike, o que pode afastar algumas pessoas, já que esse estilo costuma ser um pouco mais difícil.

Se você somar isso ao estilo característico da FromSoftware, que exige habilidade e persistência, acaba tendo algo especial, e que nem todos conseguem apreciar. Podemos dizer que essa é uma característica de muito do que a FromSoftware faz: ela não abre mão dos seus princípios e, quando precisa testar algo novo, simplesmente testa. Foi assim com Sekiro e, agora, está sendo com NightReign.

A história

Os games da FromSoftware possuem histórias geralmente tristes, recheadas de fragmentos e mais fragmentos de conhecimento sobre aquele universo específico e, em NightReign, não é diferente. Vale lembrar que existem várias interpretações sobre as histórias únicas que esse estúdio cria, devido ao seu estilo de narrativa. A forma como eu compreendi a história do mais novo game também pode ser vista de forma diferente por outra pessoa. Mas, enfim, vamos lá.

Em NightReign, você é alguém que foi condenado por algum crime e, para ser livre, precisa se juntar a um grupo de criminosos que, assim como você, estão presos nesse lugar sinistro. Juntos, precisam derrotar os Senhores da Noite, cujo propósito é destruir as Terras Intermédias. Esses senhores trazem uma chuva mágica que destrói tudo o que toca, como uma praga. Ao derrotar um deles, a chuva cessa, mas ela retorna até que o último seja, então, eliminado.

O que achei incrível é que não existe uma era específica onde o game se passa. Nossos personagens vêm de todas as eras e lugares. Temos personagens que parecem ter saído de Dark Souls, outros de Bloodborne… Não importa. Todos têm um objetivo em comum: derrotar os Senhores da Noite.

Missões secretas para liberar Personagens

O game não podia ser simples, ele é feito pela FromSoftware e, sendo assim, pouco é explicado ao jogador. Quando o jogo foi lançado, havia pessoas (provavelmente novas nesse estilo) reclamando nos fóruns da Steam que apenas seis personagens estavam disponíveis, enquanto no trailer apareciam oito. Diziam que a From mentiu, mas isso só prova que, às vezes, as pessoas precisam se atentar mais aos detalhes, ter um pouco mais de paciência e buscar informações antes de tomar decisões.

Mas, enfim, o que são as quests de personagens?
As quests de personagens são missões secretas que permitem liberar novas classes para jogar. Essas classes são: Duchess e Revenant.

Para liberar a Duchess como personagem jogável, é necessário chegar até o último chefe da primeira expedição. Não é preciso derrotá-lo, apenas ter a sorte de receber um item chamado “Relógio de Bolso” e entregá-lo para a sacerdotisa na Round Table (o lobby do game).

Para liberar a Revenant como personagem jogável, é necessário, antes, ter liberado a Duchess. Assim que fizer esse passo, vá até o pequeno jarro que vende itens. Lá estará disponível uma espécie de espelho velho, que custa cerca de 1500 runas. Após comprá-lo, note que, no mapa da Round Table, aparecerá um novo ícone com um ponto de exclamação. Vá até lá e converse com o NPC. O resto eu não vou contar, para não estragar sua experiência. É uma das coisas mais FromSoftware que você verá no game e é bem legal.

Recuperando suas memórias

Em NightReign, temos uma mecânica interessante. Em uma parte da Round Table, há um livro no qual podemos aceitar missões secundárias. Elas são divididas em capítulos e, ao completar o último, podemos liberar uma skin nova para personalizar nosso personagem. Cada personagem possui suas próprias quests, que geralmente seguem o formato: “Recupere uma espada em tal lugar” ou “Derrote tal chefe”.

Mas é bem legal, gostei bastante da ideia. Além disso, através dessas missões, podemos conhecer um pouco mais da história dos personagens do game, no típico estilo da FromSoftware, completamente recheado de lore.

Como funciona o game?

Precisamos escolher uma classe dentre as oito disponíveis no game. Cada uma tem suas vantagens e desvantagens, e é crucial que cada jogador tenha uma função bem definida e entenda como sua classe funciona. Uma configuração padrão seria composta por: um personagem tank, capaz de aguentar muita pancada e atrair a atenção dos chefes; uma classe rápida, que cause muito dano nos adversários; e, claro, uma classe focada em suporte. Essa última é bem variável, podendo ser o Iron Eye (arqueiro), Revenant (necromante) ou até mesmo a Reclusa (maga). Cada um desses personagens possui habilidades únicas que ajudam no combate. A mais interessante, na minha opinião, é a Revenant, que pode invocar espíritos para auxiliar na luta. Ela é praticamente uma classe de invocador, bem comum em MMORPGs, e foi a classe que mais joguei até aqui.

Após definir seu time (caso esteja jogando com amigos), é só escolher a expedição que deseja fazer. Um pássaro o levará até Limveld, e, assim que você tocar o chão, o jogo começará imediatamente. O tempo não é seu aliado: você precisa matar inimigos e coletar suas runas. Assim como em Elden Ring, aqui você as utiliza para aumentar seu nível ou comprar itens com os vendedores, que irão te ajudar na expedição.

Também é necessário melhorar seu equipamento ou adquirir novas armas. Isso é possível derrotando chefes espalhados pelo game, seja em dungeons escondidas, castelos enormes ou até mesmo vagando pelo cenário. É claro que há chefes mais fáceis e outros bem mais difíceis. A dificuldade vai depender da sua habilidade, do seu nível, do seu equipamento e, claro, da coordenação do seu time. Este é o tipo de jogo que é muito melhor jogar com amigos; do contrário, a experiência pode ser bem mista.

Infelizmente, a comunicação é escassa. Dá para marcar locais no mapa, fazer emotes e usar as pedras de comunicação, sim, aquelas pedras clássicas do “Hello”, mas, na minha opinião, isso não é suficiente para este estilo de jogo. E esse, para mim, é o maior pecado de NightReign.

Classes e o que elas fazem:

Wylder: Equilíbrio entre dano e defesa. É o meio-termo entre um DPS e um Tank. É o garoto-propaganda do game.

Guardian: É o tanque. Já começa com escudo e muito HP. Sua ultimate é ótima para reviver aliados.

Duchess: DPS puro. Ela tem pouco HP e é focada em velocidade, com um dano rápido!

IronEye: Ataque à distância. É o DPS mais seguro de se jogar.

Raider: É um tanque muito bom e causa muito dano também. Seu foco é chamar a atenção dos inimigos e absorver dano.

Revenant: É um suporte incrível. É a invocadora do game, tem pouco HP, mas é focada em manter seu grupo vivo.

Recluse: Foco em dano e suporte. Sua ultimate ajuda o time a causar dano contínuo, e seus feitiços são letais se você tiver a arma certa.

Executor: Um excelente DPS que é capaz de aguentar muito dano. Focado no parry, o rapaz ainda vira um lobisomem pidão e bota os inimigos no chinelo.

Ciclo de 3 dias

O game possui um ciclo de três dias. No primeiro dia, você começa bem enfraquecido e precisa tomar muito cuidado, pois quase tudo no jogo pode te matar com facilidade. É necessário traçar estratégias para ficar forte rapidamente. No final de cada dia, você precisará enfrentar um chefe, que pode ser aleatório. Isso é muito legal! Tem um aí que… nem nome tem, se é que você me entende. E, quando ele apareceu, acabou com as esperanças do meu time de chegar ao boss final, fomos massacrados. Mas, na vez seguinte, chegamos preparados e nos vingamos!

O segundo dia é o dia decisivo. É nesse ponto que você já saberá se perdeu tempo ou não, afinal, as partidas são longas. E o terceiro dia é a batalha contra o boss final. Ou seja, você precisa estar forte, bem equipado e, claro, confiante!

Para isso, o jogo oferece minas, onde é possível conseguir pedras melhores para aprimorar suas armas; castelos e dungeons cheias de inimigos letais, que protegem baús e passagens secretas com itens importantes; além de mini-bosses que fornecem muitas runas. Cada chefe derrotado também oferece uma escolha de itens ou buffs para o jogador, e, dependendo da sua decisão, ela pode definir o desfecho da sua partida.

Vale lembrar que, se você ficar dentro da chuva, você morre. Por isso, é preciso se manter sempre dentro da área designada no seu mapa para não sofrer danos, pois, a cada vez que você morre, perde um nível. Você pode voltar até o local onde morreu e recuperar seu XP perdido, a não ser que tenha morrido dentro da chuva de magia… aí já era, se lascou mesmo.

É bem parecido com aquele gás tóxico do Fortnite ou do PUBG. A área vai se fechando conforme o tempo passa, então é fundamental ser estratégico na exploração do mapa e agir com eficiência. Nos dois primeiros dias funciona assim: a chuva vai se fechando até sobrar um espaço pequeno, onde você enfrenta o boss. Se conseguir derrotá-lo, avança para o próximo dia.

Um fato curioso é que, às vezes, aparece um personagem em vermelho, como se fosse um espírito. Dá para pegar os itens que ele carregava, como se fosse um jogador que morreu naquela área. Achei isso bem interessante!

A cada vez que você termina uma expedição, recebe recompensas em forma de relíquias, que servem para criar uma build para seu personagem, além de runas para comprar skins, mais slots de relíquias e emotes. O game é bem generoso na quantidade de recursos que oferece, e nem preciso dizer que as melhores runas são aquelas que os chefes dropam, né?

É possível equipar até três relíquias no personagem, e muitas delas tornam o jogo muito mais fácil, oferecendo vantagens desde o início da partida, como habilidades poderosas ou até itens bem úteis.

Invasões? Eventos? Bosses especiais? Segredos?

Lembra quando eu disse que não importa a era, todo mundo está no mesmo barco? Pois é. Aqui em NightReign, temos chefes de vários games das franquias da FromSoftware. Alguns já apareceram no trailer, mas não vou mencionar nomes para não dar spoiler. É algo muito legal!

Em algumas das partidas que joguei, alguns chefes especiais invadiram, e, se você conseguir derrotá-los, ganha buffs poderosos para te ajudar a vencer a partida. Caso contrário, ficará enfraquecido, e isso diminuirá bastante suas chances de derrotar o boss final da expedição.

Mas o mais legal mesmo é encontrar locais escondidos no cenário. Sempre existe algum segredo esperando para ser desvendado. E, ao longo do caminho, algo fica bem claro: a ambientação é simplesmente fantástica, como já é esperado dos games da FromSoftware.

Um exemplo disso: em uma das partidas, vimos uma montanha e, no topo dela, havia um vulcão imenso. Dentro dele, uma estrutura colossal que parecia abandonada. Para chegar lá, precisávamos descer por túneis infestados de inimigos. E foi simplesmente incrível, correr dos monstros bizarros que habitavam aquele lugar, tentar não pisar na lava, se perder nos corredores escuros… e ainda lidar com o medo da chuva mágica chegar e acabar com a gente.

Mas, no fim, encontramos o segredo do lugar e ganhamos uma ótima recompensa! Não vou contar o que é, mas saiba que vai te ajudar, e muito na luta contra o último boss. E tudo isso com uma trilha sonora muito bem feita, como de costume.

Combate sem igual

Como de costume, o combate é de tirar o fôlego. As batalhas contra os chefes são intensas e bem difíceis. É preciso muita coordenação e, na maioria dos casos, apanhar bastante antes de conseguir derrotar algum dos bosses principais do game. Já derrotei seis dos bosses, e, para enfrentar o chefe final, é necessário derrotar quatro Senhores da Noite. Só então a batalha contra ele é revelada.

Vou citar um exemplo de uma batalha de boss que já apareceu em vários trailers até aqui, então não vou considerar como spoiler:

A primeira expedição tem como chefe principal o Gladius, uma espécie de cão infernal vermelho gigante, com correntes ao redor do pescoço e uma espada enorme (provavelmente uma referência ao nosso querido Sif). E não pense que essa batalha é fácil. Bom… ela é, de fato, uma das mais fáceis do jogo, mas ainda assim exige bastante atenção.

Gladius é cruel. Ele é rápido e não dá muito espaço para o jogador atacá-lo. Em certo momento, ele se divide em três e começa a caçar o grupo, às vezes focando apenas em um jogador. Imagine: três bosses fortíssimos te massacrando ao mesmo tempo. É isso aí…

Para lidar com isso, temos itens que aumentam a stamina, regeneram vida, fortalecem as habilidades das armas e, claro, exploram as fraquezas dos chefes. Tudo isso torna o combate mais viável. Por mais difícil que seja, a perseverança sempre vence, e não desistir é o lema dos jogos Souls.

E, nessa parte, sinceramente, não tenho nada de negativo para dizer. Só coisas positivas. Acho que, de todos os games da FromSoftware que já joguei, esse, junto com Elden Ring, foi o que mais me fez sentir realizado ao derrotar o boss final. Foi uma jornada árdua, cansativa, estressante, difícil, mas, acima de tudo, linda.

Só para você ter ideia, nosso grupo era formado por mim, que, passando por problemas pessoais, estava de férias, trancado em um quarto, jogando alucinado. Eu fazia o papel de Raider (o tanque). Meu amigo, que estava há 30 horas sem dormir, movido a energético Monster, jogava de Executor, o mestre dos parrys. E um outro colega, que tínhamos acabado de conhecer, completamente maluco pelo game e super prestativo, jogava de arqueiro… porque tinha medo de apanhar do chefe.

A cada ataque do boss, era um verdadeiro desespero. Morremos muitas vezes, mas, com muita coordenação, fomos batalhando. Os ataques eram insanos; era preciso se preparar para tudo naquela luta. A trilha sonora a todo vapor, elevando ainda mais a tensão. Sempre que um de nós caía, outro imediatamente atraía a atenção do chefe para longe, enquanto o terceiro tentava reviver o amigo. Até que, em um momento de sorte, conseguimos paralisar o chefe com nossos ataques, e, assim, após várias tentativas, finalmente vencemos.

Foi, sem dúvida, uma das noites mais incríveis e recompensadoras que já vivi em um jogo. Eu até queria dar detalhes dos ataques, das animações, dizer se tem segunda fase ou não… mas, sinceramente, é algo muito especial. Não quero dar spoiler. Só digo uma coisa: é simplesmente genial.

As análises na Steam se encontram como bem positivas até aqui

Problemas…

O game tem alguns problemas. Eles são bem básicos, então acho que nem preciso explicar com tantos detalhes, mas vamos lá:

Joguei 7 horas na Steam e 50 horas no PS5 até o momento. Em ambos, PC e console presenciei quedas de frames. No caso do PC, foram pequenos congelamentos que atrapalham bastante a jogatina. Reduzi os gráficos e removi o motion blur, o que já ajudou muito, mas o problema ainda persiste, mesmo que de forma bem menor.

Já no PS5 (modelo base), o problema são quedas de frame mais perceptíveis, que atrapalham um pouco durante os combates. Inclusive, em alguns momentos, me deu até uma vibe de Bloodborne (quem jogou sabe do que estou falando).

Outro ponto é que não temos uma comunicação realmente eficiente com nosso time. O jogo foi claramente pensado para você jogar com seus amigos em call no Discord ou na Party do PS5. Dá para se comunicar usando marcações no mapa para guiar o time, fazendo gestos ou utilizando aquelas clássicas pedras que reproduzem algumas palavras ou frases. Mas, sinceramente, não é o suficiente.

Também não temos um modo em dupla. Fiquei sem acreditar quando descobri que só é possível jogar solo ou em trio. Pelo menos, a FromSoftware já confirmou que estão desenvolvendo o modo para jogar em dupla, o que deve melhorar muito a experiência.

Por fim, o game está bem difícil se você tentar jogar no modo solo. Houve até um balanceamento hoje mesmo, mas, ainda assim, acho bem complicado. Recomendo fortemente jogar com seus amigos para ter uma experiência mais divertida, equilibrada e menos frustrante.

Existe também o problema de conexão, se você cair com um player muito longe da sua localização, pode ter lags, e até quedas de conexão, o que é bem chato.

Recepção

A recepção do game foi bem mista, tanto por parte dos jornalistas de grandes veículos quanto pelos jogadores. O pessoal esperava um novo jogo singleplayer, e não um jogo online. A FromSoftware não é conhecida por esse tipo de proposta.

Porém, vale lembrar que, meses atrás, em uma entrevista para um site de notícias, Hidetaka Miyazaki, o homem por trás do sucesso duradouro da empresa japonesa, confirmou que daria mais liberdade para os desenvolvedores do estúdio criarem seus próprios projetos. Ele mesmo não participaria tanto de todos os projetos como fazia anteriormente.

É importante lembrar também que NightReign foi desenvolvido sob a liderança de Yasuhiro Kitao, e até aqui já vendeu mais de 3,5 milhões de cópias em menos de uma semana de lançamento. O sucesso comercial deve ter sido bem grande, principalmente considerando que o jogo aparenta ter tido um orçamento relativamente mais baixo, já que reutiliza vários assets de Elden Ring. Ao menos, essa é a impressão que fica para quem observa de fora. Mas, sendo bem honesto, acho extremamente inteligente e econômico da parte deles, se foi isso mesmo.

Até o momento estou com 49 horas de jogo e ainda faltam uns 11 troféus para a platina

Acho extremamente válido tentar coisas novas, alcançar um público diferente, mas, claro, sem perder sua essência. Não acredito que a FromSoftware tenha se deixado levar pelo sucesso de Elden Ring. Aliás, o jogo é um dos maiores sucessos da atualidade, é o jogo mais premiado da história até o momento e vendeu mais do que toda a franquia Dark Souls somada.

Era esperado que, além de uma DLC, algo novo surgisse. E, na minha opinião, NightReign foi uma forma muito inteligente de expandir o nome do universo. Até aqui, foi um sucesso, e fico feliz por isso. Sou extremamente grato à FromSoftware pelos momentos incríveis que já vivi em seus jogos. Elden Ring é, sem dúvidas, um dos games da minha vida, e poder jogar uma “continuação” ou um projeto que se passa no mesmo universo está sendo simplesmente sensacional.

Até o momento, estou com 49 horas de jogo, vou tentar platinar junto a um amigo, e estou me divertindo demais.

Não tenho a coleção completa ainda, mas algum dia conseguirei!

Opiniões

Elden Ring: NightReign é um dos games que mais me divertiram recentemente. Eu raramente platino jogos, mas esse será um dos raros que pretendo platinar. Ele é bem difícil, mas extremamente recompensador, e jogar em time, com amigos, é essencial. Se você não tem amigos para jogar junto, provavelmente terá uma experiência bem ruim com o game.

Ele tem, sim, seus problemas, e bebe muito do suco da nostalgia, com bosses e skins de outros jogos. Mas, até o momento, não está tentando estorquir os jogadores nem colocando conteúdo pago obrigatório no game. Porém, vamos ver o que o futuro reserva, afinal, sendo um jogo focado no online, a necessidade de renovar conteúdo constantemente para reter os jogadores é real. Vamos ver como a From se sai nessa. Até aqui, as coisas estão indo muito bem, e o jogo tem sido bem amigável com o jogador no quesito monetização.

Apesar disso, o preço de entrada é um pouco alto. Com o recente aumento dos preços na Steam, ele passou a custar R$ 197,90, mas, considerando o novo padrão bizarro de R$ 450,00 (com a chegada dos jogos a 80 dólares), até achei um preço justo para um game que te entrega mais de 40 horas de campanha, combates alucinantes e segredos bem legais espalhados pelo cenário.

As skins para os personagens são grátis, você precisa jogar para poder liberar as mesmas

Mas o que eu digo é: teste o jogo, tire suas próprias conclusões. Não vá se basear apenas na opinião de críticos ou conhecidos. A melhor forma de saber se algo é para você é jogando.

Minha opinião é bem positiva em relação ao jogo. Mantive minhas expectativas moderadas e ele acabou me surpreendendo, mesmo com muitos amigos não gostando da proposta. Li muitas coisas absurdas por aí, claro, são comentários de pessoas leigas sobre desenvolvimento de jogos, sem conhecimento de como funciona a indústria e o mercado. Além disso, há muitas opiniões completamente desconectadas da realidade, que, para mim, são verdadeiros tiros no escuro. Cheguei a ouvir coisas como “A FromSoftware está falida intelectualmente”, ou até comparações com jogos que realmente floparam e afundaram seus estúdios.

O que eu tenho a dizer sobre isso é simples: somos apenas camponeses, e só o tempo dirá o que acontecerá com a FromSoftware. Na minha visão, eles acertaram. É necessário, sim, tentar coisas novas, fazer testes e analisar os resultados. Não acredito que isso vá mudar a essência da empresa. Depois de The Duskbloods (exclusivo de Switch 2), tudo deve voltar ao normal. Aposto que já há um novo Armored Core em desenvolvimento neste momento, além de mais algum projeto não anunciado, sem contar o próprio Duskbloods, é claro.

Afinal, vejo a indústria dos games como uma roda gigante: uma hora você está no topo, e, na outra, sendo esmagado pelo restante do mercado. E, no momento, a FromSoftware ainda segue entre os que estão no topo.

Nosso Veredito:

Recomendado para quem tem amigos para jogar, se você é jogador solo fique longe do game, o combate é incrível, a trilha sonora é excelente, NightReign foi feito para quem gosta de combates eletrizantes, uma alta dificuldade, e movimentação constante. Roguelike não é um gênero que eu customo jogar, mas os poucos que me atrevi a jogar, acabei gostando, e NightReign é um deles. Aliás, um abraço para o Hades por ter me falado como liberar a Duchess e a Revenant, inclusive, acompanhem o canal dele também, vai ter algumas dicas e tutoriais do game por lá!

Conclusão:

  • Se você não é acostumado com RogueLike deve tomar cuidado antes de comprar o game, pode não ser algo bem diferente do que espera
  • O combate é sensacional
  • O game é frenético e não permite que você fique parado
  • Os chefes são incríveis, e temos chefes de vários games da franquia Souls
  • Problemas de quedas de frames e congelamento do game (PC e PS5)
  • Várias classes específicas para você escolher, cada uma com suas vantagens e desvantagens
  • Um mapa bem grande e cheio de locais para explorar
  • Muita variedade de inimigos
  • Vencer um Senhor da Noite é algo muito gratificante
  • Não tem monetização no game até aqui
  • Achei o custo do game (R$ 197,90) okay até
  • Se você jogar com pessoas aleatórias a experiência pode ser frustante
  • O modo solo precisa de um balanceamento melhor
  • Pode se tornar cansativo após algum tempo, uma run completa deve levar em torno de uns 45 minutos, não me recordo direito
  • As quests e quests secundárias são a cara da FromSoftware mesmo sendo um Roguelike
  • O game apela para a nostalgia em vários momentos

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Caso queira adquirir Elden Ring NightReign na STEAM, você pode comprar ele aqui:

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Fanático por Berserk e Dark Souls, colecionar de jogos retrô, faço análises de games que me interessam.

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