Informações sobre a análise:
- Essa análise não possui spoilers.
- Plataforma jogada: STEAM
- O game foi jogado no idioma inglês (o idioma PT-BR está disponível)
- A chave nos foi entregue pelo estúdio Slipgate IronWorks, obrigado companheiros!
- Escrito por: Griffith, fundador da DungeonBits

“Sire! Rifle Ready! At your command!“
O que é Tempest Rising?
Tempest Rising é um jogo de RTS (Real-Time Strategy), e ele é bem “velha guarda”, uma verdadeira volta aos anos 90. Dá até para dizer que é um game com estilo clássico, de uma época em que os jogos de RTS estavam em alta.
Nele, precisamos construir bases, recrutar nosso exército e destruir o inimigo em uma batalha por recursos no cenário selecionado. Podemos jogar contra a IA ou contra pessoas reais, tanto em modo cooperativo quanto em PvP.
Ah, quase me esqueci: ele me lembra muito Command & Conquer.

Uma descrição de alguns elementos da própria página da Steam do game:
-Construção de base no estilo RTS clássico com combate rápido, fluido e de alto impacto.
-3 facções assimétricas (2 jogáveis no lançamento), cada uma com economia e estilos de jogo distintos.
-Cada facção oferece um elenco único de unidades.
-2 campanhas épicas para um jogador, com cenas entre as missões.
-Modo Skirmish, jogos personalizados e partidas ranqueadas no multiplayer com sistema de classificação Glicko-2.

A história
Tempest Rising se baseia em uma possível “guerra fria” entre os países do Ocidente (Europa e EUA) e os países do Leste Europeu e da Ásia (Rússia e seus aliados). Temos duas facções: Global Defense Force (uma espécie de mini-OTAN) e a Tempest Dynasty (representando a Rússia e seus aliados).
A GDF é, teoricamente, responsável por manter a paz global, reprimindo rebeliões e evitando possíveis guerras. Eles contam com um sistema de comunicação e inteligência altamente eficaz, que lhes permite estar sempre um passo à frente dos inimigos.
Já o pessoal da TD luta contra a ocupação da GDF e faz o que for necessário para vencer. Seus pontos fortes são as defesas robustas e o poder de fogo pesado.
É basicamente uma guerra fria… só que quente, porque o chicote está estralando!

Jogabilidade e mecânicas de jogo
Tempest Rising é bem simples. Você tem o modo campanha, onde aprende a história do jogo e segue missões específicas, bem divertidas e que nas quais testemunha o quebra-pau entre as facções.
Mas acho que o modo em que todo mundo vai passar a maior parte do tempo jogando é o modo Skirmish. Nele, podemos jogar contra amigos, contra a IA, enfim. Ele funciona mais ou menos assim:

Você escolhe o cenário onde quer lutar, quantos jogadores a partida terá, qual será sua facção e quem ficará em qual time. Assim que a partida começa, você tem acesso à sua base de operações e, a partir dela, começamos as ações.
Temos várias estruturas que nos ajudam a vencer os inimigos, e uma das mais cruciais é o gerador de energia, que fornece energia para que as outras construções funcionem corretamente. Quanto mais estruturas você constrói, mais veículos e unidades poderosas poderá recrutar.

Dá para fazer metralhadoras automáticas que protegem sua base, construir bunkers para defender seus soldados e assim por diante. É sempre importante ter em mente que o inimigo pode atacar a qualquer momento. Nas partidas que joguei, selecionei a dificuldade média, e, acredite, os inimigos já vêm te pegar na porrada com poucos minutos de jogo.
Mas é bem divertido, e você nunca se sente completamente seguro, pois precisa balancear seus recursos e as unidades que construir, pois existem unidades que são mais fortes contra outras e por aí vai.
Já dá para imaginar como funciona, não é? É um estilo de jogo bem simples. Dá até para dizer que ele lembra muito Age of Empires, pelas mecânicas acessíveis. Então nem preciso explicar como é o combate, é de fato extremamente simples.

Trilha sonora que remete aos anos 90
A trilha sonora é bem animada, músicas que te estimulam a combater seus inimigos, e a primeira partida que joguei já começou a tocar uma de rock muito energética, gostei muito e isso me inspirou, pena que alguns minutos depois eu fui derrotado por ficar explorando o cenário e largar a minha base sozinha.
Design de mundo
Os cenários são bem simplistas e remetem a ambientes modernos de uma civilização semelhante à nossa, mas que vive em constante guerra. Os mapas são simples, porém muito bem feitos, e o sentimento de estar nos anos 90 é enorme, esse jogo nasceu para fazer parte daquela época.

Opiniões
O game é bem divertido. Joguei com um amigo e apanhamos juntos, estamos um pouco enferrujados em RTS, mas curtimos bastante. Como eu disse algumas vezes, ele é uma volta no tempo, para uma época em que os RTS eram muito procurados.
Hoje em dia, esse tipo de jogo, para ser atrativo, precisa ser diferente, precisa inovar, pensar em algo que realmente capture o jogador. E, apesar de Tempest Rising ser divertido, é um jogo que não consigo jogar por muito tempo. Ele acaba se tornando repetitivo rapidamente.
Você pode dizer: “Ah, mas jogos de RTS são assim por padrão.” É verdade. Mas aí eu te pergunto: qual é o diferencial de Tempest Rising para mudar isso? Não se pode viver apenas de nostalgia e da boa vontade dos jogadores. É preciso inovar em algum aspecto. Mas, se essa fórmula está dando certo, então por favor, continue com ela.

Um exemplo de franquia que acompanho desde 2004 ou 2005 é Total War. O diferencial da série é ter o jogo dividido em duas partes: a parte das batalhas, que é em tempo real (RTS), e a parte estratégica, que se passa no mapa de campanha, onde planejamos nossas ações. Claro que são jogos diferentes, com orçamentos distintos e visões opostas, mas cito apenas como exemplo de algo que me chama atenção nesse estilo de jogo.
Não estou dizendo, de forma alguma, que Tempest Rising é ruim. Só acho que, para conquistar uma base maior de jogadores, ele poderia apostar em algo diferente, como adicionar mais facções, permitir negociações para importar unidades exclusivas, e por aí vai.
A recepção do jogo está bem positiva, as análises são favoráveis, e, para um game desse porte, acredito que o número de jogadores esteja dentro do esperado. Estou ansioso pelo próximo título do estúdio, pois gosto muito desse estilo de jogo e fico feliz quando algo novo é lançado. O que me chamou a atenção em Tempest Rising é o fato dele me lembrar muito Command & Conquer e por isso decidi dar uma chance!

Nosso Veredito:

Recomendado para quem é amante de RTS, para aqueles que querem voltar para a era dourada desse gênero, lá nos anos 90, é um jogo extremamente simples, porém muito divertido se você jogar com seus amigos.
Conclusão:
- Para quem é fã de Age of Empires, Company of Heroes e Command & Conquer
- Trilha sonora muito energética
- Combate bem simples
- A campanha parece bem sólida até onde joguei, ainda preciso terminar a mesma.
- Não tive nenhum Bug
- Os personagens parecem bem carismáticos nas cutscenes
- O jogo aparenta ser bem difícil, pois até na dificuldade média eu passei sufoco.
- Apenas duas facções presentes, o que pode ser bem frustante
- O preço de R$ 135,90 é um pouco alto para o padrão do jogo na minha opinião
- A recepção pelos jogadores foi bem positiva e isso me deixou feliz, RTS é um gênero que aprecio desde criança e gosto que ele não tenha morrido.
Caso queria comprar o game, aqui está o link da loja da Steam, ele custa R$ 135,90 em sua versão base, e R$ 169,90 na versão deluxe.
E mais uma vez, obrigado ao pessoal da Slipgate Ironworks™por nos ceder a chave para a análise, ficamos muito felizes! E por isso fizemos a análise com seriedade e simplicidade para assim fazer uma avaliação justa do game.
