Review feita em colab com a safezone games
PC – Steam

Clair Obscur: Expedition 33 chega ao PC prometendo uma abordagem fresca para o gênero RPG de turno, e de acordo com a análise, cumpre essa promessa com louvor. O jogo se destaca não apenas por sua premissa intrigante, mas também por um sistema de combate dinâmico e uma ambientação que cativa.
Enredo e premissa
A narrativa de Clair Obscur gira em torno da Expedição 33, um grupo com a missão vital de deter a Artífice. Esta figura enigmática pinta anualmente um número que determina a idade máxima das pessoas, causando a morte daqueles que a excedem. Uma premissa sombria e instigante que impulsiona a jornada do jogador.
Combate inovador
O grande diferencial de Clair Obscur reside em seu sistema de combate. Embora seja baseado em turnos, ele integra elementos em tempo real que o tornam único e engajante. A mira livre e os quick time events permitem maximizar os ataques, adicionando uma camada de interação que foge do tradicional. O destaque vai para o sistema de defesa em tempo real, que exige dos jogadores o aprendizado dos “move sets” dos inimigos. Esquivas, parries, pulos e bloqueios são cruciais para a sobrevivência, transformando cada combate em um desafio tático.
Exploração e progressão
O mundo de Clair Obscur é vasto, compreendendo um continente e um submundo sem mapa interno, o que incentiva a exploração. É através dela que se encontram itens essenciais como pictos (armas), pedras de luminas, pedras de melhoria de armas e moedas. A progressão no submundo é marcada por bandeiras de expedições antigas, que servem como pontos de descanso e aumento de nível, mas com a ressalva de que os inimigos revivem após cada descanso, mantendo a tensão.
O sistema de “pictos” e “luminas” é um ponto alto na personalização. Pictos equipados se transformam em luminas, que podem ser utilizadas por todos os personagens simultaneamente, cada uma com um custo, incentivando a criação de “builds” estratégicas. Ao subir de nível, os jogadores distribuem pontos de atributo e desbloqueiam habilidades específicas para cada personagem, garantindo profundidade na progressão. Curiosamente, os inimigos não escalam de nível junto com o jogador, o que pode ser um alívio para quem busca uma progressão mais linear de poder.
Ambientação e imersão
A ambientação do jogo é um espetáculo à parte. Com visuais inspirados na Belle Époque francesa e uma trilha sonora impactante, Clair Obscur cria uma atmosfera memorável. A narrativa brilhante é complementada por cutscenes pontuais e informativas. A interação com os personagens no acampamento é enriquecedora, com modelagens de mocap e excelentes dublagens, incluindo a participação de Jennifer English, que contribuem significativamente para a imersão.
Desafios e longevidade
A dificuldade dos chefes da história é bem balanceada, enquanto os chefes opcionais oferecem um desafio maior, testando a habilidade dos jogadores. Uma pequena crítica apontada é a ausência de um “journal” para rastrear missões secundárias e a falta de marcação de locais concluídos no mapa, o que pode dificultar a vida dos completistas. O tempo de jogo é considerável: o analista levou cerca de 36 horas para finalizar a missão principal e algumas opcionais, estimando mais 30 a 40 horas para completar todo o conteúdo.
Aspectos técnicos
Desenvolvido na Unreal Engine 5, Clair Obscur exibe gráficos lindos e variados. Embora a versão pré-lançamento testada tenha apresentado alguns problemas de otimização, como “stutters” e a impossibilidade de configurar em 4K, a beleza visual do jogo é inegável.
Veredito
Clair Obscur é um jogo emocionante e diferenciado, capaz de provocar arrepios. Realmente um clássico moderno nota 9, recomendo-o enfaticamente, inclusive para quem não é fã de jogos de turno. Sua disponibilidade no Game Pass é um convite irrecusável para experimentar essa jornada única.
