Recentemente tive o prazer de jogar Caravan Sandwich, em parceria com o creator Ramos Bueno e com a publisher Dear Villagers e trago uma análise com foco em:

Direção de arte, Gameplay e História. Vale ressaltar que ainda não zerei o jogo, então minha análise está embasada em 3 horas de gameplay, de um jogo que tem entre 10 a 12 horas de jogo. Mas por que trazer uma review antes de zerar? Porque Caravan Sandwich é exatamente o que o título acima se refere: Um faz de conta que acontece. 

História

Caravan Sandwitch é um bom jogo, ponto. A história em termos de narrativa tem o fator surpresa e aqui, me comprou logo de cara. O mistério é jogado na nossa cara no início do jogo, quando Sauge, personagem principal que vamos controlar, recebe um sinal com um pedido de socorro da nave de sua irmã, que está desaparecida a seis anos. Sauge decide então retornar ao seu planeta natal, Cigalo, para procurar pelo sinal e descobrir o que pode ter acontecido. Lá, ela vai ter que lidar com a realidade do planeta que deixou para trás, planeta esse que sofre com a falta de suprimentos devido a uma catástrofe natural, e com os amigos e famílias que ela perdeu o contato desde que partiu. Em Cigalo, Sauge deve então usar a única van disponível no planeta para explorar o mapa, desativar os bloqueadores de sinais e então, descobrir de onde vem o “pedido de socorro da nave de sua irmã”.

Gameplay e Localização

É aqui que o jogo fica repetitivo. Caravan Sandwitch é um jogo de mundo aberto com foco em narrativa e exploração. Tudo no jogo é baseado nesses dois pilares: Conversar, conversar, conversar e explorar, explorar, explorar. Ele pode ser um metroidvania ? Pode.

E pode também ser um Cozy Game, a questão é que nada vai acontecer de fato no jogo. Nada além de conversar e explorar. Você não tem combate, não existe punição, não existe barra de vida, nada. Os puzzles são fáceis e o jogo tem a única função de entreter o jogador na solução do mistério em torno dessa ficção científica, que tem por força maior, sua narrativa. Com isto, você vai explorar de Van e a pé, fazer updates na Van, Usar os updates para scanear os bloqueadores do sinal e abrir portas e resolver problemas dos aldeões em Cigalo, que seriam as missões secundárias. A gameplay é simples e competente, porém com algumas horas de jogo tudo fica muito igual e repetitivo.

O jogo está localizado em PT BR com linguagem neutra (Zangado Jumpscare), e é bem competente em sua tradução, embora às vezes, fique confuso na montagem de algumas frases.

Direção de Arte e Trilha Sonora

Por que choras, Immortals of Aveum? Caravan SandWitch é um jogo tão lindo que quase dá para chamar de Starfield. O jogo tem uma proposta simples e gráficos mais trabalhados na base do cartoon 3d, brincando bastante com iluminação e sombras. A direção de arte do jogo e a composição desses fatores deixa tudo mais interessante. O mundo aberto realmente é lindo e com paisagens de tirar o fôlego. O jogo entrega um visual extremamente competente para essa aventura. A trilha sonora é tão reconfortante, expressiva e acalma, fazendo desse jogo o que ele realmente se propõe a ser, um confort game.  

Conclusão

Caravan Sandwitch tem uma proposta definida desde o início do jogo e deixa tudo muito claro logo de cara, a história é jogada na sua frente sem enrolação e vai te prender, os visuais em composição com a trilha sonora vão ser extremamente convidativos, mas a gameplay pode ser um fator determinante para jogadores que muitas vezes gostam de priorizar desafios e combate, ou que preferem a idéia de uma história com heróis e vilões.

Eu estou gostando e apreciando cada pedaço do jogo, e já aceitei sua proposta, então minhas expectativas estão apenas na solução dessa história. 

Se você quer um Quack, Caravan Sandwitch é um 3,5 bem competente, com grande potencial de agregar uma base sólida de fãs, principalmente os fãs de jogos baseados em exploração e narrativa.

Quack Game’score: 3,5/5

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