Jogado via PC Game Pass

Junte-se às Tartarugas do esgoto e mergulhe numa aventura de deixar qualquer um de casco caído! As Tartarugas Ninja: Mutantes à Solta foi lançado em 18 de outubro de 2024, está disponível para PC, Xbox, PlayStations e Nintendo Switch. Ele foi desenvolvido por AHEARTFULOFGAMES e distribuído por Outright Games.
“Uma pizza bem recheada de diversão, mas que às vezes chega meio murcha na mesa”
PREMISSA/NARRATIVA
Prepare a pizza, pegue suas armas e ajeite as joelheiras, porque Leonardo, Michelangelo, Donatello e Raphael estão de volta! “As Tartarugas Ninja: Mutantes à Solta” é um jogo baseado no filme animado de mesmo nome lançado em 2023, aquele que trouxe uma pegada meio adolescente, meio grafite, meio… bom, totalmente caótico e divertido.
O jogo chega com a proposta de expandir um pouco mais o universo do filme, colocando os jogadores no controle dos quatro irmãos quelônios mais famosos da cultura pop. A missão? Simples na teoria, mas caótica na prática: enfrentar gangues, limpar as ruas, impedir que vilões transformem Nova York num parque de diversões do crime e, claro, tudo isso sem esquecer de parar no meio da missão pra pegar uma fatia de pizza.
A pegada é bem direta: nada de salvar o mundo de ameaças alienígenas ou de viagens no tempo (pelo menos, não aqui). O foco é na pancadaria de rua, no humor adolescente e na vibe descontraída que só as Tartarugas sabem oferecer.
GAMEPLAY/JOGABILIDADE
Aqui o jogo começa a mostrar seu casco… mas com algumas rachaduras.
“Mutantes à Solta” é um beat ’em up 3D com câmera em terceira pessoa, onde você pode escolher qualquer uma das quatro Tartarugas para explorar bairros, enfrentar gangues e realizar missões. Existe um sistema cooperativo online que permite juntar até quatro jogadores simultaneamente, o que, diga-se de passagem, é onde o jogo realmente brilha. Jogar sozinho é possível, mas, convenhamos, ninguém quer comer pizza sozinho, né?
Cada Tartaruga tem seu próprio estilo de luta. Leonardo é equilibrado, Donatello usa ataques de longo alcance, Raphael é aquele tanque que parte pra ignorância, e Michelangelo aposta na velocidade e nos combos mais estilosos.
O combate é bem básico: botão de ataque leve, ataque forte, esquiva, agarrão e golpes especiais que enchem conforme você acerta combos. Dá pra dizer que funciona… mas não espere profundidade de um Devil May Cry ou fluidez de um Arkham. É aquele arroz com feijão temperado com bastante nostalgia e boas intenções.
As missões são bem variadas, até… Mas os cenários (não só eles) são bem repetitivos, o bom é que dá para meter porrada em várias ondas de inimigos, e também pode participar de desafios meio malucos, como corridas de skate. No entanto, a repetição começa a bater forte depois de algumas horas. O level design não é exatamente inspirado, e alguns objetivos soam meio… reciclados.
Existe também um sistema de progressão, onde você libera novos movimentos, melhora atributos e personaliza levemente as Tartarugas. É um toque bem-vindo, mas não espere uma árvore de habilidades complexa. É mais pra dar aquela falsa sensação de RPG, só pra constar.
DIREÇÃO DE ARTE/ASPECTOS TÉCNICOS
Se você curtiu o estilo visual do filme, pode respirar aliviado. O jogo é lindamente fiel à estética do longa. Aquele visual desenhado à mão, com traços de grafite, rabiscos nas bordas, e uma vibe de sketchbook adolescente, está presente do começo ao fim.
Os personagens são carismáticos, bem modelados e super expressivos. Ver as Tartarugas interagindo, se provocando e soltando piadinhas durante a batalha é, sem dúvidas, um dos grandes pontos altos do jogo.
No entanto, nem tudo são flores (ou pizzas). Tecnicamente, o jogo tem seus tropeços. Rodando em PCs medianos ou até consoles, é possível perceber quedas de frame rate em momentos de muita ação, além de alguns bugs esquisitos — como inimigos que travam no cenário ou ficam andando em círculos, aparentemente refletindo sobre o sentido da vida.
A trilha sonora é competente, cheia de batidas urbanas, hip-hop e faixas que casam perfeitamente com o clima da cidade. O design de som é bom, mas nada que vá te fazer sair assobiando por aí.
Dublagem? Faltou, o que é uma pena.






CONCLUSÃO
As Tartarugas Ninja: Mutantes à Solta é aquele tipo de jogo que não tenta reinventar a roda. Na verdade, ele nem sabe que a roda existe. A ideia aqui é pegar sua pizza, chamar seus amigos e se divertir em algumas horas de pancadaria descompromissada pelas ruas de Nova York.
Sozinho, o jogo pode até cansar mais rápido do que deveria, mas em co-op ele entrega exatamente o que promete: diversão caótica, piadinhas adolescentes e muitas referências ao universo das Tartarugas.
Não é um jogo perfeito. Tem problemas de repetição, alguns bugs chatos e mecânicas que poderiam ser mais refinadas. Mas, se você é fã das Tartarugas ou curtiu o filme, é difícil não se divertir pelo menos por algumas horas.
