Chave recebida via SODESCO
(Review feita utilizando o Xbox Series S)
No dia 28 de março deste ano chegou ao mercado Dollhouse: Behind the Broken Mirror, título desenvolvido pela Indigo Studio e publicado pela SODESCO.
Será que o terror por aqui tá valendo a pena? Vem comigo que eu te conto. Esta análise foi realizada em uma gameplay do Xbox Series S após o seu lançamento oficial. Em nome da Safe Zone Games e Patobah, agradeço a chave disponibilizada gentilmente.
“Oi Deus, sou eu de novo”
PREMISSA/NARRATIVA
Neste título iremos conhecer uma pouco mais sobre a história de Eliza de Moor, cantora renomada e bastante talentosa. Infelizmente durante uma de suas apresentações, ela assim como Dinho Ouro Preto da banda Capital Inicial, acaba despencando dos palcos em uma queda para lá de preocupante.
Como resultado da queda, nossa protagonista agora sofre de amnésia. Suas memórias estão todas fragmentadas e ela basicamente não sabe mais quem é. Ao longo dos anos ele vem sendo tratada pelo Dr.Stern, até que em um determinado dia ele propõe algo que pode mudar o rumo da neurologia.
A proposta em questão seria: com seus anos de experiência ele conseguiu criar um consumível que mais parece algo mágico, a promessa do doutor seria a recuperação por completa da memória de Eliza, contudo existem alguns pormenores no trajeto. Após o medicamento ser ingerido, a personagem poderia ver coisas irreais mas que ajudariam neste propósito final.
Sem medo de ser feliz embarcamos nesta jornada, o medicamento começa a fazer efeito. Coisas estranhas acontecem! O que é real? Isso faz parte da proposta? Respostas que virão no decorrer da jogatina.
GAMEPLAY/JOGABILIDADE
Por aqui teremos a tradicional gameplay em primeira pessoa aliada a tentativa de entregar um terror. Sem mais e sem menos, vamos tirar esse elefante da sala de uma vez? O que os desenvolvedores nos entregaram por aqui chega a dar um misto de ódio e dó as vezes.
De terror este produto não tem nada, talvez o terror seja a experiência do consumidor ao tentar finalizar isso aqui, completamente pavoroso. De longe uma das minhas piores experiências recentes do qual irei desmiuçar abaixo.
Para minha infelicidade, simplesmente 2 horas de jogatina que consegui com muito custo foram simplesmente deletadas da eternidade. Após uma noite de jogatina tranquila, no dia seguinte liguei o meu console, dei load game e não existia nenhum save… (está bom vou ser honesto, tinha o save automático que estava na cena inicial do jogo!!!).
A experiência já estava como? Mais do que abalada, mas calma que vai piorar. O game até começa enganando criando meio que a atmosfera tensa para a vila, sons de corvos, barulho de portas fechando, dentre outros recursos característicos de produtos assim.
Mas não demora muito tempo para adquirirmos a nossa primeira arma de fogo, uma pistola com muita munição e fórmulas de craft para mais munições, bem aos moldes de um Resident Evil mesmo, combina pólvora com não sei o que lá que o resultado são balas.
Sabe onde algumas destas balas são utilizadas? Em muitos puzzles espalhados pelas fases! Atire numa estátua aqui, outra ali e mais uma aqui, isso numa sequência X e tá lá, abre-te sésamo. Recurso caído e bastante desinteressante.
Desinteressante? Ah, acho que esse possivelmente deve ser o apelido deste game. Eliza começa a ser perseguida por hordas de bonecas assassinas, não dá para se esconder pois elas possuem visão além do alcance, não dá para correr pois elas são mais rápidas, temos como única alternativa viável o confronto direto.
Sem brincadeira, um dos piores combates já testemunhados por essa pessoa que vós escreve. É nítido que os desenvolvedores não têm nenhuma expertise neste tipo de gameplay e também é evidente que esse jogo não teve nenhum teste de qualidade ou algo do tipo.
Ele é completamente bugado do começo ao fim! As vezes, o ícone de interação de um objeto aparece por trás de uma parede, você fica encucado tentando entender o que raios eu devo ativar aqui pois estou vendo uma parede sem nada e com uma ação. Mas na verdade a ação de verdade está do outro lado dessa mesma parede…
DIREÇÃO DE ARTE/ASPECTOS TÉCNICOS
Graficamente falando é um título ok, não atrelo o seu fracasso por este quesito. Se bem-feito poderia ser um sucesso sobre a sua engine trabalhada por aqui. Acho que crash foi a única coisa que não tive na experiência com o meu Xbox Series S, de resto pode marcar tudo por aí: save perdido, bugs, bugs e mais bugs.
CONCLUSÃO
Dollhouse: Behind the Broken Mirror é um verdadeiro desastre em tudo que se propõe. Sua premissa até interessante inicialmente não demora muito para ser derrubada. Temos aqui uma história desconexa, gameplay tediosa (seja em combates ou em seus puzzles) e uma camada pesada de problemas.
Estou achando que a Eliza de Moor ficou foi com vergonha de falar neste game, que roubada ela foi se meter.
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